quinta-feira, 4 de julho de 2013

Crise Política? E agora?





Para começar tenho que salientar que eu não tenho partido político, não tenho ideologia política e muito menos venho aqui defender ou apoiar quem quer que seja. 

Venho expor a minha opinião dizer o que penso e o que acho acerca do que neste momento se está a passar no nosso querido país. 

Como tem sido noticiado em todos os canais televisivos, em todos os jornais diários e restantes meios de comunicação social, após a demissão, primeiro do ministro das finanças, Vítor Gaspar, e em seguida do presidente da coligação CDS, que dá a maioria ao PSD na assembleia, Paulo Portas, foi declarado que estamos numa crise política que não dá ares de melhoras e que se está a tornar cada vez mais grave. 

Como disse Medina Carreira no comentário levado a cabo no telejornal de hoje (03 de Julho de 2013), na TVI, grande parte da culpa do sucedido é dos jovens e ingénuos políticos que estão à frente dos partidos na assembleia. Como ele declarou, a vida política não se faz apenas de juventude, mas sim de experiência de vida e só depois de se dar muitas cabeçadas na parede.

Agora alguém me explica como é que quem sempre teve tudo dado de mão beijada, com facilidade e sem qualquer esforço, tem capacidade para governar um país?

Cada vez mais este país está a ser afundado, num poço sem fim à vista. 

Este governo de treta e de leis sem sentido levou-nos para o precipício, e não contentes com isso, atirou-nos lá para baixo levando-nos à ruína. 

A classe média, a função pública, os trabalhadores que menos ganham, descontam cada vez mais, os impostos estão cada vez mais altos, os empregados ganham cada vez menos, as famílias estão cada vez mais com a corda ao pescoço e cada vez mais apertada. 

Há cada vez mais pobres, mais precariedade, mais desemprego e menos futuro. 

Mas isto só acontece às classes mais baixas e desfavorecidas, porque os que estão no topo da pirâmide, que são uma minoria, (os gestores das empresas públicas, os políticos que nos governam, os gestores dos bancos, entre outros…), tiram do nosso bolso para meter no deles.

Cortam tudo e mais alguma coisa aos que já tão pouco têm e continuam a viver à grande e à francesa, com o dinheiro que provém dos nossos sacrifícios, e pouco se importam em ver que o país está a desmoronar.

É ridículo assistir a tudo isto e ver que nada muda. 

É triste ver que nenhum dos que está na assembleia a representar-nos fala mais alto e se torna a voz do nosso descontentamento. 

É triste ver milhares de portugueses a pedir mudança e nada fazer para mudar. 

É triste ter que concordar com quem disse que nós somos uma sociedade pacífica de revoltados.

É triste ver que o português nunca está bem com aquilo que tem, mas também pouco faz para mudar.

Estou a generalizar, mas sei bem que existem excepções, por isso, caso a sejam, não se ofendam.

Mas agora, analisando as coisas, será que neste momento é viável, em termos económicos, o governo cair e termos eleições antecipadas? 

Nós já vimos as repercussões a nível nacional e internacional que a saída de dois membros do governo teve, as taxas de juro da divida portuguesa aumentaram para 8% (NOTÍCIA: Juros da dívida de Portugal sobem acima dos 8%.),

o índice PSI20 [que agrega as 20 maiores empresas cotadas na bolsa portuguesa], teve a maior queda de sempre, desde 1998, (NOTÍCIA: Bolsa nacional com terceira maior queda de sempre,),
entre outros exemplos. 

Será viável gastar milhões de euros em eleições que dificilmente irão mudar alguma coisa? (NOTÍCIA: Queda do governo põe em risco 13,4 mil milhões.)

De que adianta deitar abaixo o governo e o seu sucessor nada fazer para mudar a situação em que estamos? 

Criticar e apontar o dedo é fácil, mas arranjar soluções para os problemas é a tarefa mais complicada.

Já sabemos que é isso que vai acontecer. Basta olhar para trás na história e ver o que se tem passado ao longo dos anos. 



Adiantará fazer o governo cair, aumentar a divida do país e os partidos a governar serem sempre os mesmos?


Sim, temos muita população descontente, mas também temos aquele tipo de pessoa que por pior que o país esteja, apoiam sempre o mesmo partido político. 


Esquecem-se que política não é a mesma coisa que futebol, que nos faz apoiar o nosso clube nas vitórias e nas derrotas.


Política é algo muito mais complexo e de muita maior responsabilidade, onde mudar de opção de voto é viável quando as coisas vão de mal a pior.

Por isso lembrem-se, não importa só o governo cair, é fundamental mudar mentalidades e mostrar a quem vota sempre no mesmo, que é um erro não mudar. 

Poderemos não mudar para melhor, mas depois de tudo o que se tem passado neste país, mudar para pior também é praticamente impossível.

Votem com consciência, e não com coração, porque em política, quem vota com o coração, acaba por sair derrotado.



«Sandy»